Se você já disse isso, alegre-se. Não por ter pecado, mas por que admitiu o erro e teve humildade para dizer: pequei.

Vivemos num tempo em que parece ser difícil ver alguém conjugar o verbo pecar na primeira pessoa do singular, sendo mais fácil encontrar quem conjugue o verbo na 2ª ou 3ª pessoa do singular. Somos rápidos em ver e apontar os pecados alheios. Dizemos: “Você pecou!”, “Ele pecou!”, “Eles pecaram!”, e por aí vai. Infelizmente, temos mais facilidades em reconhecer o pecado do próximo do que os nossos próprios erros.

Agora veja o que disse Davi: “Contra ti, só contra ti, pequei e fiz o que tu reprovas, de modo que justa é a tua sentença e tens razão em condenar-me” (Sl 51.4). Ele foi feliz em ter sido sincero diante de Deus, reconhecendo, confessando e se arrependendo. Esse é sempre o melhor caminho a trilhar.

Os pecados cometidos por Davi foram terríveis (adultério, assassinato e mentira), Ele, como rei e homem segundo o coração de Deus, jamais deveria ter cometido algo desse nível.

Contudo, quem nunca pecou nessa Terra? Quem não comete erros? As colocações de Jesus diante daqueles que só sabiam conjugar o verbo na 2ª pessoa do singular, foi: “Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela” (Jo 8.7). A verdade é que sempre estamos sujeitos a pecar, e se não vigiarmos será assim – uma vida de pecados.

Imagine se alguns personagens da Bíblia tivessem conjugado o verbo pecar na 1ª pessoa de singular (eu pequei!) e em seguida tivesse se arrependido, de verdade. Bom, uma coisa é certa, a Palavra de Deus diz que se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça (1Jo 1.9).

Assim, se você já disse “eu pequei”, alegre-se, não por ter pecado, mas porque admitiu o erro e teve humildade para reconhecer e dizer.

Fazendo isso diante do Senhor, certamente terás sempre o perdão e a bondade do Senhor, que nos dirá: “Agora vá e abandone sua vida de pecado” (Jo 8.11).

Nadson Cruz Barbosa é pastor da Igreja Batista Filadélfia em Artur Nogueira, SP; formou-se em Teologia pelo Seminário Teológico Batista Independente. Conhecido das crianças como o palhaço Pipoca, ele trabalha com evangelismo usando as artes. É casado com Ilza e pai do Pedro Miguel e autor do livro “Você pode fazer melhor!”